Segunda geração

Segunda geração - 1991 a 1998

 

Versão CL
Período oferecido: 1991 a 1995 (Santana); 1992 a 1995 (Quantum)

A versão CL foi a de entrada na segunda geração pela maior parte do tempo. Básica, oferecia de série apenas retrovisor do lado direito, iluminação no porta-luvas e pára-brisa laminado, além de supercalotas. De 1991 a 1993, vinha de série com rádio Volksline ETR AM/FM com Code, e opcionalmente teve disponível vidros verdes, alarme ultrassom, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar condicionado e direção hidráulica com volante de menor diâmetro (380 mm, ante 390 mm dos sem o equipamento).

Embora simples, era muito bem acabada, com forração em tear, soleiras largas e frisos laterais, se diferenciando das versões mais caras por conta de detalhes e da motorização, sempre 1.8. Ao contrário da primeira geração, nesta não existiu Santana ou Quantum CL com motor 2000.

Curiosidade: esta versão aposentou o carburador, em 1995, ano em que foi a única opção para quem não desejava ter um Santana equipado com a injeção eletrônica. Foram produzidos pouquíssimos Santanas 1.8 carburados em 1995, o que os torna bastante raros hoje em dia.

Versão GL
Período oferecido: 1991 a 1994 (Santana); 1992 a 1994 (Quantum)

Versão intermediária, a GL era bastante similar à CL, diferenciando-se na motorização (sempre 2000) e nos equipamentos (vidros verdes, antena elétrica, toca-fitas Volksline ETR-TS, rodas de liga-leve e direção hidráulica). Opcionalmente podia vir com ar condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos e alarme ultrassom (este, a partir de 1993).

Curiosidade: embora parecidas, as versões CL e GL distanciavam-se no preço, pois a GL era cerca de 20% mais cara.

Versão GLS
Período oferecido: 1991 a 1994 (Santana); 1992 a 1994 (Quantum)

Topo de linha nesta primeira fase da segunda geração, a GLS representava o máximo em equipamentos e conforto na Volkswagen brasileira. Por fora, vinha com frisos laterais mais largos (e fixados com grampos), moldura de placa traseira, frisos cromados e faróis de neblina. Por dentro, utilizava forrações de veludo e carpete mais grosso (chamado tuft), além de apresentar tacômetro, vidros, travas e retrovisores elétricos, alarme ultrassom (opcional em 1991 e 1992 e de série de 1993 em diante), ar condicionado, rádio toca-fitas Volksline ETR-TII, banco traseiro com apoios de cabeça, descansa braço e cinto de segurança de 3 pontos, luzes de leitura traseiras e dianteira com foco direcionável.

A partir dos modelos 1993, a versão vinha também com os pára-choques pintados na cor da carroceria na seção inferior aos frisos, ano que também marcou a troca dos piscas dianteiros laranja pelos brancos.

Curiosidades: a versão carburada manteve-se em linha até 1994 somente para a versão a álcool, já que a injeção eletrônica para os motores a gasolina deixou de ser opcional para se tornar item de série. Neste mesmo ano passou a ter como opcional o teto-solar, que não era oferecido desde a reestilização.

Versão Sport 2000i
Período oferecido: 1993 (somente Santana)

O Santana Sport 1993 foi uma reedição da versão de 1990 em muitos aspectos. Novamente foi baseado na versão GL, mas desta vez era mais comedido no visual externo – por fora, apenas o aerofólio, as lanternas traseiras fumê e as rodas de liga-leve iguais às dos Gol GTS e GTi 1992 (as famosas “Orbital” ou “Futura”) denunciavam que tratava-se de uma versão mais elaborada. Quem fosse atento aos detalhes notaria também o fino adesivo com os dizeres Sport 2000i nas laterais traseiras, antena no teto e os frisos, grade dianteira e pára-choques pintados em Cinza Antracito.

Os faróis de neblina também estavam presentes nesta versão; também vinham a chave principal iluminada, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar condicionado, alarme ultrassom, volante e pomo do câmbio em couro, toca-fitas Volksline ETR-TS, além de bancos Recaro com forração em tecido navalhado cinza e verde (Itajaí).

No motor, o mesmo 2000 com injeção eletrônica das versões GLi e GLSi: potência bruta de 120 hp comandado por módulo Bosch. O único opcional da versão eram os freios ABS. O Sport desta geração existiu somente em duas cores: Branco Star (sólida) e Preto Gótico (perolizada).

Curiosidade: embora não se tenha o número exato, foram fabricadas mais unidades na cor preta do que branca, o que torna estas mais raras de serem encontradas à venda.

Versão CLi
Período oferecido: 1994 a 1996 (Santana e Quantum)

A versão CLi passou a ser ofertada nos modelos 1994, diferenciando-se da CL pela utilização de injeção eletrônica FIC EEC-IV monoponto. Mesmo assim, continuava básica: retrovisor do lado direito, supercalotas, iluminação no porta-luvas e pára-brisa laminado eram os únicos equipamentos de série.

Esta versão foi marcada por algumas fases distintas. Na primeira fase (final de 1993 até metade de 1994), seus únicos opcionais eram os vidros verdes, alarme ultrassom, direção hidráulica e rádio AM/FM Volksline FIC; na segunda fase (metade de 1994 até a metade de 1995), podia vir também equipado com ar condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos. Esta alteração no pacote surgiu pela crescente demanda pelos equipamentos, numa época em que até o Fiat Uno Mille ELX podia vir tão bem servido. A terceira fase foi da metade de 1995 até a metade de 1996, e trouxe consigo novos bancos (com apoios de cabeça sólidos), pára-choques pintados na cor da carroceria e nova grade dianteira, semelhante à do Passat alemão da época.

Curiosidade: esta foi a versão que debutou a injeção eletrônica em um motor à álcool na linha Volkswagen, ainda em 1994.

Versão GLi
Período oferecido: 1993 a 1996 (Santana e Quantum)

A versão experimentou 2 modelos de injeção eletrônica em sua trajetória. Em 1993, a Bosch LE-Jetronic; daí em diante, a FIC.

Sem grandes alterações em relação à GL, em 1994 passou a vir equipada com rádio toca-fitas Volksline FIC e, a partir da metade de 1995, recebeu a mesma reestilização da versão CLi, com pára-choques integralmente na cor do carro e nova grade, além de outros bancos. A diferença externa ficava por conta das lanternas traseiras fumê, presentes nesta versão intermediária.

Curiosidade: uma crítica constante aos modelos GLi referia-se à ausência do conta-giros, não disponível nem como opcional.

Versão GLSi
Período oferecido: 1991 a 1996 (Santana); 1992 a 1996 (Quantum)
Também chamado de GLS 2000i (até 1992)

Com o lançamento da segunda geração, em 1991, esta versão passou a ter como opcional a injeção eletrônica, até então disponível somente na versão EX. Inicialmente chamado de GLS 2000i, a partir da linha 1993 o “i” mudou de lugar para junto da versão, já prevendo a futura adoção nos CL, que não traziam expressa a motorização 1.8.

Com forração interna em veludo navalhado e carpete de maior espessura, os modelos GLS tentavam fazer frente aos recém chegados importados, num período de forte desvalorização cambial. Ainda assim, pelo preço que se pagava num Santana GLS, podia-se adquirir veículos como Honda Civic Sedan, Toyota Corolla e outros carros de qualidade e tecnologia internacionais que estavam à frente em modernidade. Com isso, este modelo foi perdendo espaço com o passar dos anos. A partir de 1994 passou a contar com check-control de série (nível do líquido de arrefecimento, do lavador do pára-brisas, desgaste das pastilhas e luzes de freio queimadas), além de opcionais como teto-solar de lata, bancos em couro e CD Player com módulo de potência e tweeters adicionais.

Curiosidades: coube a esta versão a primazia de estrear no mercado brasileiro um veículo nacional equipado com freios antitravamento (ABS), ainda em 1991, como modelo 1992. Outro ponto curioso é que as Quantum equipadas com check-control mediam apenas o nível do lavador do pára-brisas; o reservatório para lavador do vidro traseiro não possuía sensor.

Versão Série Única
Período oferecido: 1995 e 1996 (somente Santana)

Com os veículos de 4 portas enfim caindo no gosto do brasileiro – especialmente em veículos mais caros – a Volkswagen criou um pacote único em termos de visual que marcou a despedida da carroceria de 2 portas. Chamado muitas vezes somente de Santana 2000i 2p, mas oficialmente chamado de Série Única, vinha com acabamento e opcionais idênticos aos da versão GLi, com a adição de aerofólio com brake light e faróis de neblina – um visual com viés esportivo, embora não trouxesse conta-giros nem como opcional.

Podia vir completo, contando como opcionais com ar condicionado, vidros e travas elétricos, alarme ultrassom, toca-fitas, teto-solar elétrico e freios ABS.

Curiosidade: embora os vidros e travas elétricos fossem opcionais, o retrovisor elétrico estava presente de série. Algo bastante curioso na história dos equipamentos da indústria automobilística brasileira.

Versão Mi (1.8 Mi e 2000 Mi)
Período oferecido: 1996 a 1998 (Santana e Quantum)

A versão Mi, introduzida em 1996, veio substituir, numa só tacada, as versões CLi e GLi. A mais que a 1.8 Mi, a 2000 Mi vinha com lanternas traseiras fumê, direção hidráulica e vidros verdes (opcionais no 1.8 Mi), enquanto todo o resto era opcional: podia vir com ar condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, toca-fitas, alarme e rodas de liga leve. Pela primeira vez um Santana ou Quantum equipado com motor 2000 podia vir com visual “básico”, e marcou o início da simplificação da linha.

Curiosidade: os 1.8 Mi não traziam a motorização e nem a indicação da injeção eletrônica – eram chamados somente de Santana.

Versão Evidence
Período oferecido: 1996 a 1998 (Santana e Quantum)

Com os comentários positivos oriundos da versão Série Única em termos de visual, a Volkswagen apresentou ainda em 1996 os modelos Evidence. Com visual esportivo, vinham de série com rodas de liga leve, aerofólio com brake light e faróis de neblina, verdadeiramente uma versão 4 portas da Série Única, exceto pela moldura de placa que era adicionada. Por outro lado, seu interior também visava mais esportividade, com tons mais escuros e tecido mais simples (tear), como os Gol TSi e GTI e o Golf GTI da época. Dispunha dos opcionais mais comuns, a saber: ar condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos e rádio toca-fitas, que se juntavam à direção hidráulica que vinha de série. Eram equipados com o mesmo volante do Gol TSi/GTI.

Curiosidade: os modelos 1996 e 1997 não vinham equipados com conta-giros, no que a Volkswagen foi bastante criticada. Essa falha foi corrigida a partir de 1998, quando ganhou também mostradores com fundo branco e novo volante de 3 raios, o mesmo utilizado nos Gol 16v Plus.

Versão Exclusiv
Período oferecido: 1996 a 1998 (Santana e Quantum)

Legítimos substitutos do modelo GLSi, os Exclusiv representavam o máximo de sofisticação nas linhas Santana e Quantum. Visualmente eram idênticos aos GLSi 1996, incluindo as lanternas traseiras fumê e os frisos cromados nos pára-choques. De diferente, apenas as rodas de liga-leve, diamantadas.

Curiosidade: a versão Exclusiv marcou o fim da opção da transmissão automática na linha Santana, uma ausência nunca explicada. Alguns dizem que os custos de manutenção eram elevados, mas o fato é que a procura por este tipo de transmissão estava em crescimento, como se pode ver pela oferta da concorrência – os Chevrolet Vectra e Omega continuavam oferecendo esta opção, assim como o Honda Civic (recém-nacionalizado) e o Toyota Corolla.

Versão Family
Período oferecido: 1997 (somente Quantum)

A versão Family esteve disponível por um breve período em 1997. Montada a partir da versão 2000 Mi, podia vir equipada com teto-solar e freios ABS. Todas traziam o adesivo colorido acima nas laterais traseiras, fato que desagradava a muitos. Talvez por isso tenha durado pouco no mercado. Vinha equipada de série com rodas de liga leve e faróis de neblina, além de lanternas traseiras fumê. O volante era de 3 raios, o mesmo da versão Evidence, enquanto o painel vinha da Exclusiv, com conta-giros e mostradores com fundo branco.