Europa

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Antes de chegar ao mercado brasileiro, o Santana percorreu um longo caminho. A sua história dá-se a partir da segunda geração do Volkswagen Passat na Alemanha, utilizando a plataforma da segunda geração do Audi 80 de 1978, denominada B2.

Esta geração da linha Passat foi apresentada em 1980, tendo o Santana sendo lançado em 1981. A plataforma B2 apresentava 12 cm a mais no comprimento e 8 cm a mais no entre-eixos em relação à plataforma anterior, beneficiando o espaço interno. Também possuía o curso de molas maior, trabalhando com suspensão McPherson à frente com raio negativo de rolagem e eixo de torção atrás, incorporando buchas silenciosas “inteligentes”, cuja deformação era calculada de maneira a, nas curvas, não ocorrer divergência da roda externa, a de apoio.

Os faróis retangulares se tornaram característica marcante da linha Passat europeia, da qual o Santana deriva. A linha compondo carroceria hatchback, sedã e station wagon havia se tornado padrão para o segmento, algo que podia ser observado na concorrência – vide o Opel Ascona/Vauxhall Cavalier, que veio a ser conhecido no Brasil como Chevrolet Monza e foi lançado na Europa praticamente ao mesmo tempo que os Volkswagen.

Na Europa, o Santana foi vendido com este nome até a reestilização de 1985, quando passou a se chamar Passat Sedan.

Assim como a geração anterior, o Passat B2 foi vendido com motores de quatro cilindros movidos a gasolina (1.3 de 61 cv, 1.6 de 75 cv e 1.8 de 91 cv) e a diesel (1.6 turbo, 71 cv). Porém, ao contrário do Passat B1, as versões topo de linha receberam os motores Audi/VW de cinco cilindros, com capacidade cúbica de 1.9-2.2 litros. Havia a opção de quatro tipos de transmissão: manual de quatro e cinco marchas, e automática de três, além da famosa 4+E. Também chamada de “Formel E”, tinha uma quinta marcha bastante desmultiplicada, que combinada a um mecanismo de roda livre, trazia sensível melhoria no consumo de combustível. Em alguns mercados, esta opção também podia vir com o sistema automático de start-stop (nos anos 1980!).

Os modelos alemães e brasileiros eram exatamente os mesmos carros, sem tirar, nem por nada, exceto por diferenças de ajuste de suspensão e modificações no arrefecimento, que fizeram a bateria migrar da parte dianteira do cofre para junto da parede corta-fogo. O que variava inicialmente eram as versões, no caso dos modelos alemães eram C, CL e GL.  1.3 de 61 cv, 1.6 de 75 cv e 1.8 de 91cv, além da opção 1.6 Turbo-Diesel de 71cv. Havia também a opção de um motor 1.9 de cinco cilindros carburado, que foi aposentado pelo 2.0 com injeção eletrônica.

A versão station wagon do Santana foi apresentada apenas alguns meses após o lançamento do sedã, e manteve boa parte das qualidades da geração anterior, como o amplo porta-malas e excelente estabilidade. Chamada de Passat Variant, no Brasil ganhou o nome de Quantum.

O sistema de tração nas quatro rodas Syncro da Audi foi utilizado também na linha Passat Variant, que o compartilhava com o Audi 80. O assoalho da Passat Variant Syncro era totalmente diferente, alterando o túnel de transmissão, o local do tanque de combustível e a retirada do compartimento do estepe.

Em 1985 a linha Passat (incluindo o Santana e a Variant) recebeu uma pequena reestilização, que trouxe pára-choques mais largos, retoques no interior (em especial nos padrões de materiais de acabamento), nova grade dianteira (no Brasil, utilizada na versão EX), entre outros pequenos detalhes.

A produção desta geração foi encerrada em 31 de março de 1988, após a produção (incluindo o Passat hatchback) de 3.345.248 unidades fabricadas na Alemanha.